A situação de maus-tratos a cavalos no bairro Jordão Médio, em Siderópolis, tem gerado revolta e comoção entre os moradores. Os animais vivem em condições precárias: sem alimentação adequada, consumindo apenas água contaminada de um açude e apresentando sinais visíveis de desnutrição, feridas e infestação por parasitas.

Segundo relatos da vizinhança, os cavalos permanecem em um terreno particular que está à venda. O proprietário do imóvel mora atualmente na Inglaterra e não possui relação com os animais. Já o responsável pelos cavalos — que inclusive já foi multado anteriormente por maus-tratos — insiste em mantê-los na área, abandonados e sem qualquer cuidado.

“É desesperador ver os animais nessa situação. Eles estão pele e osso, com feridas abertas e parasitas. Já denunciamos várias vezes, mas até agora nada foi feito. Parece que estão esperando que um deles morra para agir”, desabafa um morador, que prefere não se identificar por medo de represálias.

Apesar das denúncias protocoladas junto à Polícia Ambiental, Prefeitura e Vigilância Sanitária, nenhuma medida efetiva foi tomada até o momento. O caso se arrasta há meses e, segundo os moradores, a situação piora a cada dia.

Apelo à ação imediata

A comunidade do Jordão Médio clama por socorro. Os moradores cobram uma resposta urgente das autoridades municipais e estaduais, exigindo a retirada imediata dos animais, a responsabilização do tutor e a garantia de um destino digno para os cavalos resgatados.

Organizações de proteção animal também foram notificadas, mas esbarram na falta de ação dos órgãos competentes. É importante lembrar que o artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) tipifica como crime a prática de maus-tratos contra animais, prevendo pena de detenção e multa.