A mãe, Sara Peisinob, e o marido usaram as redes sociais na noite de quinta-feira (21/08/25) para denunciar um caso de suposta negligência médica que teria resultado em uma queimadura no pé do filho recém-nascido, José, dentro do Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves, localizado na Serra, Espírito Santo. A publicação viralizou em poucas horas e gerou grande comoção e indignação entre moradores da região.
Segundo o relato publicado por Sara, ela deu entrada no hospital no domingo (18/08/25) para indução do parto, devido a uma gestação de risco causada por hipertensão. José nasceu no dia seguinte, 19/08/25, às 6h da manhã, de parto normal e, inicialmente, estava bem.
Poucas horas após o nascimento, profissionais da unidade informaram que o bebê apresentava temperatura corporal de 36,2°C — abaixo do ideal de 36,5°C — e o levaram para o berço aquecido. Foi durante esse procedimento que, de acordo com a mãe, uma enfermeira teria realizado uma prática que resultou na queimadura.
“Ela aqueceu um algodão em uma lâmina incandescente e colocou dentro da meia do meu filho, que estava de macacão”, relatou Sara. Em seguida, o bebê começou a chorar intensamente, mas, segundo ela, o choro foi inicialmente atribuído pelas profissionais à fome.
A situação mudou quando a avó da criança percebeu um cheiro forte de queimado e notou alteração na cor da roupa. Ao verificar, encontrou o pé do bebê já queimado.
Após o ocorrido, José foi levado para a UTI Neonatal do Hospital Jayme dos Santos Neves. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Infantil, em Vitória, onde permanece internado. A família foi informada de que será realizada uma cirurgia para avaliar a profundidade da queimadura e definir o tratamento necessário.
Procurada pela reportagem do Portal Por Dentro da Noticia, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.
O episódio levanta questionamentos sobre os protocolos de cuidado neonatal adotados na unidade e reacende o debate sobre fiscalização e capacitação profissional em maternidades públicas.
DEPOIMENTO DA MÃE!
“No dia 18/08 internei no Hospital Jayme dos Santos Neves para indução do parto. Minha gravidez era de risco por conta da pressão alta, que não estava controlando nem com remédios. No dia 19/08, às 6h, o José nasceu saudável e perfeito, de parto normal. Foi uma felicidade enorme.
Subimos para o quarto e, horas depois, levaram ele para o berço aquecido, pois sua temperatura estava em 36,2°C e o ideal seria 36,5°C. Minha mãe foi acompanhá-lo, e eu fiquei descansando. Acordei com o choro do meu filho e um cheiro de queimado. Quando cheguei na sala, já havia um alvoroço. Me levaram para o andar de baixo, onde fica a UTIN, e minha mãe me contou o que havia acontecido.
Uma enfermeira pegou um algodão, aqueceu em uma lâmina incandescente, colocou dentro da meia do José e depois vestiu novamente o macacão. Ele imediatamente começou a chorar muito, mas disseram que era fome e colocaram um dedo com luva na boca dele. Ele se acalmou, mas o fogo continuou, e logo surgiu um cheiro forte. Minha mãe percebeu que a cor do macacão estava diferente e retirou a roupa. O pé do José já estava queimado, assim como a meia e o macacão.
Graças a Deus, minha mãe viu a tempo, pois eu poderia ter perdido meu filho. Hoje ele está no Hospital Infantil, na UTIN, e amanhã fará uma cirurgia para saber a profundidade da queimadura e qual tratamento será feito.
Meu filho nasceu bem e, poucas horas depois, nossas vidas foram prejudicadas de forma terrível. Estou de resguardo, levei 20 pontos, não consigo descansar como precisaria e fui privada do direito de amamentar exclusivamente meu filho. Estou passando noites em claro, longe dele, sofrendo danos que nunca serão esquecidos.
Nós teríamos alta hoje, se não fosse essa situação. Agora, não sei quando vou trazer meu neném para casa.
Peço que compartilhem. Só quero que os responsáveis paguem pelo que fizeram.”
(3) VÍDEO! MÃE DENUNCIA QUEIMADURAS EM SEU FILHO RECÉM-NASCIDO. – YouTube
