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BEBÊ MORRE APÓS FARMÁCIA VENDER COLÍRIO ERRADO.

Emanuely Fonseca, mãe do Ravi Lorenzo, disse que filho passou mal após tomar colírio em vez de remédio para enjoo em Formosa, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera.

No dia 8 de março de 2023, um erro fatal chocou uma família e chamou atenção para os riscos na dispensação de medicamentos. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou uma farmácia a pagar R$ 21 mil por danos morais à família de Ravi Lorenzo, um bebê de apenas dois meses que faleceu após ingerir um colírio vendido erroneamente no lugar do medicamento correto.

O trágico episódio ocorreu quando os pais do bebê, uma diarista e um pedreiro, foram até a farmácia para adquirir bromoprida, medicamento utilizado para tratar náuseas e vômitos. No entanto, em vez do remédio prescrito, receberam tartarato de brimonidina, um colírio contraindicado para menores de dois anos e que pode provocar complicações graves.

Em sua defesa, a farmácia argumentou que a receita médica seria “ilegível” e que os pais deveriam ter lido a bula antes de administrar o medicamento. Também alegaram que as embalagens dos medicamentos eram semelhantes, o que teria levado ao erro.

Contudo, a Justiça rejeitou esses argumentos, destacando que a receita estava legível e que a farmácia tem a responsabilidade de verificar corretamente a medicação. A magistrada do caso enfatizou que, em situações de dúvida, a venda deveria ter sido recusada. “É inaceitável transferir a responsabilidade para pais leigos”, afirmou a juíza, lembrando que os clientes procuram farmácias justamente para receber orientação especializada.

O colírio tartarato de brimonidina pode causar efeitos devastadores em crianças pequenas, incluindo bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), dificuldades respiratórias, estado de coma e até mesmo óbito. Infelizmente, esses efeitos levaram à morte do pequeno Ravi.

Esse caso reforça a necessidade de um controle mais rigoroso na dispensação de medicamentos, especialmente quando envolvem crianças e substâncias de risco. A condenação por danos morais representa um passo inicial para a responsabilização, mas não pode apagar a dor irreparável dessa família. Os pais de Ravi agora enfrentam a difícil jornada de seguir em frente após perderem um filho que havia acabado de chegar ao mundo, tendo sua vida interrompida por um erro que poderia ter sido evitado.

A tragédia serve como um alerta para consumidores e profissionais de saúde: a atenção redobrada na leitura das prescrições e na conferência dos medicamentos pode ser a diferença entre a vida e a morte. É fundamental que farmácias adotem medidas mais rigorosas para evitar que erros como esse voltem a acontecer.

 

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