Anualmente no mês de setembro, as cooperativas permissionárias de distribuição de energia elétrica passam por reajuste ou revisão tarifária. Os índices referentes ao período de outubro de 2022 a setembro de 2023 foram divulgados nesta semana e a COOPERMILA esteve entre as quatro menores tarifas de energia elétrica das cooperativas de Santa Catarina.
A legislação do setor elétrico, que regula o reajuste tarifário, impõe preços de compra de energia elevados, o que causa os aumentos significativos das tarifas de fornecimento de energia elétrica. Além disso, o crescimento da inflação pressiona estes aumentos, pois parte dos custos das tarifas estão atreladas ao indexador IPCA.
No último ano, a COOPERMILA se posicionou no sentido de buscar alternativas para adquirir energia no mercado livre a preços menos impactantes ao associado consumidor, promovendo leilão de compra.
“Apesar de o leilão ter ocorrido em um momento desfavorável, pois a escassez hídrica assolava o país, ainda foi possível obter êxito na contratação que apresenta de forma definitiva a conquista da realização do sonho de praticarmos tarifas menores que a da concessionaria Celesc em nossa área de atuação”, explica o presidente Alcimar De Brida.
Outras dificuldades encontradas são a instabilidade do mercado e a migração de consumidores do grupo “B” ao sistema de geração distribuída. “No reajuste do ano anterior, já conseguimos praticar tarifas menores que a Celesc em 7,48%, ampliando esta redução agora para 12,28%, que será aplicado a partir do mês de faturamento outubro de 2023”, adianta o presidente.
“Cabe informar que nossos associados consumidores, cuja maioria faz parte do grupo “B” e integram a classe de consumo rural, tem aumento maior em sua tarifa de fornecimento motivado pela retirada da última parcela do subsídio tarifário. O percentual da redução do subsídio é de 6%. Quatro parcelas já foram deduzidas e o benefício será encerrado em 2023”, complementa.
O índice de aumento computado à redução do subsídio alcança a classe de consumo rural com um aumento médio de 10,64%, acenando para um acréscimo em cada conta de luz. Para as demais classes de consumo do grupo “B”, o reajuste será de 4%, com 1% para os consumidores do Grupo “A”.
A administração da COOPERMILA reforça que a equipe não mediu esforços para viabilizar a redução das tarifas. “Nos sentimos realizados frente ao êxito da gestão, visto que, certamente, a prática de preços de energia mais atraentes resulta em melhores condições de competividade às nossas atividades. O momento nos impõe a permanecermos atentos à situação hidrológica, buscando efetivar compras de energia em preços ainda mais favoráveis”, finaliza De Brida.