A situação envolvendo a bica d’água da Uruguaia, em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, ganhou um novo capítulo nas últimas horas, mas desta vez com um ato inesperado. O senhor Sinézio, proprietário do terreno onde a bica está localizada, destruiu a estrutura com uma marreta, nesta quinta-feira 21/11//24. O episódio gerou reações e um áudio chegou até o EA, que transcreve a seguir:
“EA para ele chegar a este ponto, é porque realmente o incomodaram muito. Seu Sinézio sempre deixou a água à disposição das pessoas, nunca cobrou um centavo. Só quem o conhece sabe o tipo de pessoa boa que ele é. A água era gratuita, e ele mantinha o local limpo, apesar de alguns jogarem lixo. Ele até colocou uma placa pedindo para não descartarem resíduos ali, mas alguém arrancou a placa, e o lixo continuou. Algumas pessoas eram mal-educadas, e acredito que ele já estava cansado dessa situação, de pedir constantemente para que cuidassem do local. Agora, o que vai acontecer é que ninguém terá mais acesso à água.”
SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA! A situação foi agravada quando a Vigilância Sanitária de Braço do Norte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, detectou a presença de uma bactéria na água, mais precisamente a Escherichia coli, conhecida por causar diversas infecções. A análise, conforme o Relatório de Ensaio número 243601000197, resultou na interdição temporária da bica.
Em nota, a Vigilância Sanitária orientou a população a interromper o consumo da água imediatamente. Foi programada uma nova coleta e análise da água, com previsão de conclusão em até 15 dias, para garantir a segurança da comunidade antes que o recurso possa ser liberado novamente.
CONSEQUÊNCIAS DO ATO DE DESTRUIÇÃO! Além da interdição da bica por questões de saúde pública, a destruição da estrutura pelo proprietário coloca um ponto final na disponibilidade da água gratuita, que era de grande ajuda para muitas pessoas da região. A situação expõe, ainda, um conflito entre a necessidade de cuidados com o espaço público e os desafios enfrentados pelo proprietário em lidar com o uso inadequado do local.